economia circular

Economia circular é um conceito cada vez mais utilizado, com o intuito de promover fluxos mais renováveis e uma gestão mais eficiente em todas as escalas de produção.
Um sistema que parte da lógica de que o fabrico de um novo produto tenha como matéria-prima o descarte ou fim de uma produção anterior, alimentando-se as diferentes indústrias umas às outras.
Nesta lógica criamos um ciclo mais sustentável não só do ponto de vista ambiental, mas também económico e social.

E como é que a produção dos vinhos Quinta das Peixotas se encaixa numa lógica de economia circular?

Na verdade, a produção dos vinhos DOC Douro encaixa-se nesta lógica há já muitas décadas, tendo como coadjuvantes a aguardente e o generoso Vinho do Porto.
Neste sistema de produção, todos os resíduos gerados seguem para novos fins.

Quando as uvas entram na adega, no primeiro processo – a que chamamos de desengace – os bagos das uvas são separados do “engaço”, os ramos que compõem os cachos. Este seria o primeiro resíduo, mas, depois de o deixarmos a secar ao sol, usamo-lo como fertilizante do solo.

Depois de passarem pelo desengaçador, as uvas começam a sua viagem dentro da adega, tornando-se mosto a fermentar.

Finda a fermentação, o vinho novo é filtrado e encubado e dá-se a “prensa das massas”, momento em que é retirado o líquido que ainda sobra das massas do mosto.
Esta massa seca – o bagaço prensado –, composta essencialmente de pele e grainha das uvas, seria o maior resíduo da nossa produção, mas é aqui que a economia do Douro se diferencia de muitas das regiões vinícolas do mundo. Este bagaço fermentado é vendido pelos produtores de vinho à destilaria da região, que o transforma em aguardente.

A aguardente do Douro é bastante apreciada, sendo envelhecida em barricas de madeira, e podendo corresponder à destilação do bagaço ou do próprio vinho; à primeira dá-se o nome de aguardente bagaceira e à segunda, aguardente vínica.

Esta aguardente vínica também parte de uma solução de economia circular: sendo usados geralmente vinhos com “menos excelência”, mas que cumpram uma série de requisitos de qualidade rigorosos (nunca vinhos impróprios para consumo).
E é esta a aguardente de qualidade superior, que se torna matéria-prima essencial para a produção do famoso Vinho do Porto.

Um excelente exemplo de economia circular!

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